A fênix das cinzas até os bits
Você já pediu sem saber? Eu já fiz. Era um segredo, mas resolvi contar
Em uma das minhas últimas obras realizei uma trabalho para posteridade. Resolvi escrever sobre assuntos que falam da minha família e da identidade construída ao longo de anos. Cada palavra e seção tiveram passos bem marcados no campo da intelectualidade, mas na sombra vários sentimentos nasceram e pediram espaço. Desse modo, ganharam luz e o livro assumiu um caráter de reencontro. Com ele o tempo entrou em combustão e se transformou - passado, presente e futuro assumem um fluxo contínuo. Dele emerge o sentido da singularidade e o amanhã se torna hoje. Uma premonição se configura por meio da obra sem eu realizar.
Por vezes o futuro chega pela mudança e, quando notamos, estamos nela. Assim, parece ter sido minha relação com o livro "Museus de interfaces: a fênix das cinzas até os bits". Seja pelo sentido da fênix ou pela apresentação que escrevi. Com o tempo compreendi que um ciclo estava terminando, para outro começar. Que seja!
Coloquei tanto sentimento na obra e o resultado veio, ainda que não soubesse na ocasião. O símbolo escolhido trouxe alquimia pura, dessas chamas um novo amanhecer chegou. O meu já veio. Desejo um melhor para nós, contendo bastante arte, cultura, museus e centros culturais. Desse modo, o livro foi concebido e fica como registo para posteridade.
Sobre o motivo da relação proposta entre museus e o pássaro de fogo lendário, compartilho um pequeno trecho do livro:
"O Museu Nacional presente no imaginário coletivo, virou cinzas. Sendo assim, por meio delas, quem sabe 'um ovo de uma Fênix' já reside por lá – para trazer sua memória, pesquisas, espaço de colaboração de ciência e, por último, o povo de volta.
Em retrospectiva, a Fênix é uma ave mítica, símbolo universal da morte e do renascimento. Também simboliza fogo, sol, vida, renovação, ressurreição, imortalidade, longevidade, divindade e invencibilidade. Com isso, vida longa aos museus e ao trabalho da ciência em prol da cultura nacional".
Agradeço ao belo trabalho da editoria e-papers e do meu colega Prof. Léo Marques, dando espaço para minha ilustração na capa.
Obrigado e boa leitura.
Figura 1: Capas (1ª e 4ª) do livro em formato aberto.
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